Prisões em mim

Não há fins que caíbam no silêncio. Quando os erros tem mais peso, que as batidas deste oco coração. Perdeu-se o traço em caprichoso desejo. A cobardia de um apressado beijo. A maresia de um toque que apenas despiu em si o luar. Já não regressa a inocência de um olhar que a medo se pousava, na traquinice de um trajecto par a par. Findou-se o riso de um descomprometido tempo em que tudo tinha lugar. E não consigo regressar sem culpa, ao início do caminho. Há passos que nos desviam, quase sem rumo. Talvez a demora que em mim se ajusta seja o desassossego de me ausentar do passo que julguei seguro. Onde só havia pontes e nenhum muro, apenas a teimosia que me levava a fechar, num lugar distante de tudo, inclusivé do teu olhar. Se a vida nos deu asas porque teimamos em nos agrilhoar.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Ao meu Anjo...

Ausências de mim...