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A mostrar mensagens de abril, 2018

Asas no peito

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Se eu te amar nos aconchegos da alma, haverá nos silêncios mais moções de ternura, que a leve sensatez inunda, ao se tornar brisa nos teus contornos. E no abrir de asas no peito, no voo perfeito, sem revés, haverá mais alquimias e sonhos e no deslumbrar dos olhos, a imagem do teu rosto vez após vez....

Tragos de esquecimento

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Tenho escrito a nossa história nas páginas de um velho caderno. Talvez o tempo seja apenas um mero engano, mas sei que te amo, amor. Mas e se um dia a memória nos atraiçoar? Se o sentimento for camuflado no peito, num segredo incapaz de gritar? Se não me recordar dos traços, dos abraços, do teu rosto que memorizei ao toque, ou do beijo que o desejo despertou em mim? Se eu me esquecer do encaixe perfeito do meu corpo sobre o teu? Se tu te transformares em névoas de uma estranha tempestade em mim? Peço-te que me ames a cada dia devagar. Como se eu fosse barco à deriva e tu o Porto onde atracar. Talvez em desassossego, o meu peito mesmo a medo, te guarde amor, até ao fim.

Alma de criança ... noite encantada

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Chuva de Estrelas Na tua Cama A noite te embala Vem vestir o pijama Há um mundo novo Para descobrir Envolto em sonho Que te faz sorrir. Entre sonhos, magia Adormeces anjo meu És a minha fantasia Meu pedaço de céu Se eu pudesse adoçar O teu sonho que fosse´ A neve de Açúcar Nuvens de algodão-doce Carrossel de sonhos Na palma da mão Palhaços risonhos Soldadinhos de cartão Princesas, duendes Na tua janela A fada dos dentes Deixando a moeda. Sono profundo Que o dia desperta Acreditar que o mundo É todo de faz-de-conta A história encantada É aquela que sai Do colo da mãe Do mimo do Pai.

Galope de tempo

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Talvez seja o galope apressado De uma estrada que já não nos conduz. A liberdade de um passado Em silhuetas de sombra e de luz. E o sangue que jorra escarlate A alma em suave disfarce O tempo que se esgota na pele. Aquece o medo o desejo injectado O veneno queimando de agrado A língua de vento e de fel.

Raízes...

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Trazia nos cabelos a rebentação das ondas na terra primitiva. O cheiro do corpo suado, entre saudades que o despiam de si. Sabia que a alma podia arrastar como correntes, o peso dos dois amantes que o tempo tinha engolido. Despia-se ao sol-posto, a carícia quente no rosto, e nos pés os sonhos do caminho...

Noite

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Entre as cortinas escuras O raio geométrico das lonjuras Destino traçado no céu. O plano hemisfério das saudades Um barco entre tempestades Duas margens, tu e eu... Caí a noite em cruas ânsias Num bailado de distâncias. Lua que beija o mar. Balanço temperado em silêncio O prazer de um fogo imenso, Que nos ensinou amar.

Frágeis peregrinos

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Livres, de rumos antigos, Fazem-se aos caminhos Que o sonho teceu.... Abandonam ninhos Frágeis peregrinos Em tão vasto céu... Descobrem-se destinos Em mágicos pergaminhos Em louca saudade.... E as asas no meu peito Vão abrindo em jeito O rumo à liberdade....

Sombra tatuada na tela nua

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Ronda-me um sol, como um farol na alma Ao reflexo, de um sentimento convexo, que me agasalha... Sou a sombra tatuada na tela nua O toque do pincel na tinta crua Entre golfadas de um sonho que se atrasa. Sou correnteza de uma beleza gasta... Que se agita pelos bosques destas cidades Alma sem tempo em frágeis liberdades....

Seda e mel

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Trago a alma enfeitada de penas De azul anil serenas, Entre saudades tuas... Gravitas entre baías e portos A fusão perfeita de dois corpos Em órbitas de luas.... Manto de estrelas afagando o mar Sobre a nua pele, Seda e mel.... Um porto seguro onde atracar...

Caprichos teus

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Cosi a alma a cristais Fui de enfeite e pouco mais Em caprichos teus... Tatuei noites na pele Fiz do corpo passerele Devaneios meus... Entre estrelas nasce o pó Tu multidão e eu tão só Na corda bamba. Foste ode infernal Porta estandarte em carnaval Sem escola de samba.

Beijo pendurado nos lábios

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Lua fingida atracada no porto, nuvens de maresia, em promessa poesia, escrita no teu corpo. Abraçam-me ondas que te rebentam nos braços, nos olhares vincados em toques trocados, na loucura dos teus passos. Pontão de sonhos e ardis sábios, a saudade amanhecida entre a saliva, do último beijo pendurado nos lábios...

Sou mar e vento...

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Despem-se em mim as memórias De um vazio acostumado de histórias De um gesto simples, envergonhado No contraste do sorriso, o triste fado. E vivo imersa, entre a vontade dispersa Chão e lama, a pronúncia altiva que me chama Na palavra que por fim se finda.... Sou de incógnita natureza, sonho e certeza De um madrugar profundo E paro o mundo! E nessas lacunas de tempo Sou mar e vento Que na tua pele se aninha...

Saudade alada...

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A saudade é um pássaro pousado no peito, em frágil inquietação... É o tempo incerto entre a memória do toque e os fragmentos da tua mão... São as noites decompostas, Entre cumplicidades tão nossas Como quem polvilha de estrelas a escuridão....