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A mostrar mensagens de 2022

Ao meu anjo 🖤

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Meu querido anjo, meu fiel amigo Foste entre agruras o meu doce abrigo O olhar atento a refazer-me o chão... Sabias de cor o meu ser em defeito E tu eras para mim o ser mais perfeito Que eu abrigava serena em meu coração... Partiste, e no rosto banhado a lágrimas Escrevo na escuridão destas páginas  Onde sou fantasma de tantas luas...  E num lamentar sangrento e  imperfeito Na negra dor plantada no meu peito, Só moram, em desalento, saudades tuas....

Ao meu Anjo...

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 Não subas os degraus da minha mente  Há nela escuridão e uma loucura decadente  De quem se abandona à dor depois do temporal....  Serena-te no meu peito, saudade ardente  Há no coração uma síncope diferente  O compasso fúnebre de uma ode triunfal.  E o silêncio intensifica a tua ausência  O grito preso entre a sobriedade e a demência  Que as lágrimas denunciam, sem cessar... Que a minha dor não te prenda aqui meu anjo Abre asas rumo ao merecido descanso Rumo à luz da salvação, que te fez libertar.

Meu Anjo...

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Perdoa-me a fraqueza da minha alma O afogar o rosto neste mar de dor... Mas tu foste em mim... o por do sol de uma tarde calma O expoente máximo de um tão terno amor... És a brisa que ao toque se fez abraço Tem teu nome o leme, meu timoneiro maior És como a chama do farol que se serena no cansaço Quando no regaço transporta a sua própria dor...  Sei que o teu silêncio o fez a eternidade Mas vives nas memórias que bordei em mim Soubeste na distância ser sempre presente  Mas meu coração hoje em ausências sente A dor da saudade, desde que te perdi....

Sonhos

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Desumana guerra

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 Inunda-se a terra ao choro pelo sangue derramado...a alma que se eleva da lama sem resquício de pecado...no deambular da morte, que atiça a dor que o corpo encerra... Tombam anjos sem asas, mártires sem nome, que  recrutam o corpo às balas, sem tempo nem sede, nem fome ...redutos de humanidade, numa desumana guerra....

Emoldurado a nu

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 Desceu  a rua entre dois passeios paralelos à sua própria e sombria alma. Nada lhe restava dizer, a não ser o eco mudo nas suas entranhas, remoendo a luz fronteiriça das persianas do olhar. Nada, reflectiu. Nada que  pudesse ser tão absurdo como pescar pássaros à sombra de uma nuvem. Nada que pudesse dilatar o âmago dessa loucura em vias de expansão. Nada a não ser a repulsa no olhar alheio, espreitando entre frechas do seu próprio corpo, emoldurado a nu. (Texto: Elis Bodêgo, pintura: FLuis Candeias)

Apoteose final

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Chama o meu nome  No peito a ferros bordado    A boca costurada a fome De um desejo ao tempo roubado. Deixa cair a lágrima em tenaz liberdade Escorrendo na luz tênue dos vitrais  De uma consentida saudade  De quem já não volta mais.... Deixa-me no tecto do teu peito Abrigar-me a tanto preconceito  Deste alheio vociferar.... A língua cruel, viperina,  Infame, letal pesticida Das vizinhas do sétimo andar.. Sou grito que o vento sustenta Respingos de terra e mar Corpo astral, mosto, canela e pimenta Prazer em apoteose final....

Asas da saudade

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Pétalas negras

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Desencontros

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Arrepios...

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 Ama-me em silêncio, em gotas de um verniz escarlate que banha em sangue este meu cárcere. O toque simples de uma vulgar e doce carícia deposta despropositada sobre a pele. Não quero subterfúgios nem tendências de um tabu louco. Quero a hipotermia da tua pele na minha...os arrepios de um frio que se ateia em brasa pelo corpo. Quero a derrocada amena do teu ego desnorteado em prazer, na epifania agreste da liquidificação pura do teu e do meu ser...