Apoteose final
Chama o meu nome
No peito a ferros bordado
A boca costurada a fome
De um desejo ao tempo roubado.
Deixa cair a lágrima em tenaz liberdade
Escorrendo na luz tênue dos vitrais
De uma consentida saudade
De quem já não volta mais....
Deixa-me no tecto do teu peito
Abrigar-me a tanto preconceito
Deste alheio vociferar....
A língua cruel, viperina,
Infame, letal pesticida
Das vizinhas do sétimo andar..
Sou grito que o vento sustenta
Respingos de terra e mar
Corpo astral, mosto, canela e pimenta
Prazer em apoteose final....
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