Suicídio...

 



Dentro de mim ausências e dores 

De infinita solidão

Contornos de palavras que não proferi

Talvez o tempo seja essa imensa ilusão 

De guardar tantos nadas dentro de mim...


Trago a voz embargada de silêncio 

E na mente vozes que me convidam 

À loucura desmedida e abstracta 

De abutres que a sanidade me debicam....


Ando nauseabunda em apática sinfonia

Talvez siga esta chuva enlameada e fria

Aos pés que se arrastam pela estrada...


Ando em desencontros de alma sombria 

As raízes presas à vulgar monotonia 

De tanto que fui traduzido em nada....


(Em memória de tantos que partem sem conseguirem exorcizar as vozes que os condenam ao fim)...

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