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À memória do meu Bisavô Aníbal Martins Araújo

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  Não é fácil descobrir rostos entre a poeira dos anos e sabê-los devorados por uma guerra onde a grande vitoriosa foi a morte. Mas prometi a mim mesma, que te iria roubar ao esquecimento, que te iria retirar das brumas e descobrir-te o rosto. O tempo já me tinha levado os avôs, um quando eu ainda nem era nascida e outro pelos meus três anos de idade. Habituei-me a ouvir as memórias de tantas histórias que falavam do meu avô Zé e de quantas vezes ele parecia não aceitar a perda do Pai. Esse Pai que eras Tu. Sim, o meu bisavô Aníbal, falecido na primeira guerra mundial, deixando dois filhos, um com apenas 4 anos de idade. O meu avô Zé, carinhosamente apelidado de Bodêgo, viu a morte levar-lhe o pai em terna idade e a vida árdua levar-lhe a mãe emigrada para o Brasil levando com ela o seu outro filho, o Manuel. Do pai restava-lhe apenas a pensão do preço do sangue, solicitada pela mãe em 08 de julho de 1919, que terminaria em 03 de outubro de 1936. E o sangue transmutava-se em lágrimas

Batalhas de uma só guerra

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Somos em ventos parceiros Aos passos que nos fazem inteiros No pó que asfalta a terra. Trazemos em nós metades Meias luas, meias verdades Batalhas de uma só guerra.

Rendilhado de afectos

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Emoldurei na pele um novo rumo Traços de um presente em fio de prumo O hoje intenso sem perspectivas de rendição. Rendilhei entre os afectos num lugar seguro Em traços de um silêncio cristalino, puro Todas as batidas do meu coração.

Calejado esquecimento

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Perdi tanto de mim Que são mais noites que dias Que levo no travo amargo da memória. Dói-me na pele o abandono O colchão de pedra onde engano o sono De um leito de rua feito já sem história. Não me seduz o brilho da riqueza Sempre fui afeito à dignidade e à pobreza Numa mocidade de trabalho e de sorte pouca. Trago as mãos calejadas de sofrimento De um ser forjado ao esquecimento A mendigar o pão que se leva à boca.

Orientes

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Queima os pés a areia de um deserto Que no pó da estrada se fez leito De uma noite que em mil desdobra a lenda... A pele tatuada de um destino O vento de um sopro paladino Abana em fogo os panos da tenda... E contorna o corpo a labareda quente O tornear da anca na dança do ventre A espada flutua em desperta fantasia. Sob a lua feiticeira brilhante O deambular de um desejo ofegante O erotismo tecido em magia....

Vida a dois

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Descrevo no teu rosto, as palavras que em esforço, se acumulam no meu peito...abre as asas cavalo alado, a fúria de um sentimento apressado, que se aninha sobre o leito. A pele que estala na maciez da língua, que envolta em saliva, entre poros injecta a alma aos corações. O abraço que em alta voltagem, na adrenalina da viagem, tatua uma vida a dois.

Regressa à solidão da casa

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Levam-me as brisas De um silêncio que se arrasta Pássaros pousados nas nuvens O coração em brasa... Levam-me as sombras nuas De uma luz em si já gasta O peito que em chagas cruas Regressa à solidão da casa....

Apenas as penas....

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Por vezes somos apenas, as penas, de um pássaro que trazemos tatuado no peito e que em silêncio nos debica o coração. Doiem-me as ausências, as saudades, o tenaz pranto, que em defeito, trago no embalo lento de um amor que jaz, em hibernação.

Devaneio

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Oh! Volúpia atroz dessa caminhada Do vulgar destino das minhas ausências Da cama lavrada entre pedras duras Personificada pela minha demência... Oh! Orgulho infame mal-aventurado Dobras de um passado perdido de mim Saudades prementes das tuas memórias Onde alcanço glórias de um eterno fim...

Coração que morde

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Trago no eco das batidas o teu nome Num coração que me morde Sempre que a tua ausência se demora. Palmilhei tantas vezes o deserto Nao sei se é o nosso passo que é incerto Ou a saudade que me devora?

Viagens

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Trago a pele delineada de viagens, em colisão com outras margens que não tive coragem de atingir. Naveguei em sonhos na vulnerabilidade dos dias, nas noites que em fantasias, teci em ti. E em cada contorno apressado, o passo incerto encurtado, nas fronteiras que nos afastam. As asas que o céu expande na insignificância que o tempo tatua em mim. E a dúvida que a mente avança, ter o coração na garganta e a alma pronta a partir.

A ilusão do estrelato.... O amor termina no primeiro acto.

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Apaixonei-me, em devaneios de ilusões, por uma estrela, na ingenuidade de uma tela que só iluminá-se o meu céu. Mas o mundo gira e baralha a noite, troca as estrelas do sul pelo norte, do este pelo oeste, sem qualquer orientação. Percebi que este amor era difuso, um complexo inacabado e confuso, em plena condenação. Se eu nunca ganharei asas como poderá a estrela estar ao alcance da minha mão?

Amava-te...

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Amava-te ainda antes de te ter conhecido. Antes de cruzar meus passos contigo. Antes do vento nos fazer maré. Talvez fosse como um mapa do tesouro subcutaneamente escondido, que só se decifrou contigo, ao toque subtil da pele na pele.

Pardas Madrugadas

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Escrevemos versos a duas mãos, entre duas almas e um só coração, nas horas pardas da madrugada. Fomos eternos sem horizonte, em fios de mar sobre a terna noite, e o tudo se transformou em nada. Talvez recoser a ferida já não cause dor, perdemos o chão por o saber de cor, pois na despedida não se erra a estrada.

Velho fantasma em hibernação

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Percorre a rua sobre as minhas penas, a sangue e lacre que escorre em gotas amenas sobre a folha de papel...Há desenhos que em traços rugosos nos arranham em esforço a pele. A tinta embutida nos poros, a ausência ténue dos contornos no mata-borrão. Talvez voasse se a neblina se dissipasse sobre a cegueira crua do deserto. Talvez o espaço arrumado no peito fosse um mergulho mais certo, à moradia de um velho fantasma em hibernação.

Despedida

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Abro a gaiola do coração ao sentimento. Já não faz sentido o incerto. A ausência que se demora. Na pele o toque adormecido. Renasce de saudade vestido. No corpo que a alma devora. Expande as asas fora do peito Num voo raso em defeito Na lágrima que já não voa. Despeço-me de ti, amor ausente Resta a seiva ainda quente Da promessa que se quebra nua. Parte-se a âncora ao destino Juntos não somos caminho Somos sol e lua.

Bossa da despedida

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Foi bom, o que foi e já não é Se só se mexe um pé Nunca mais se avança a estrada. São estrelas que o horizonte acendeu Talvez se iluda o céu Numa nova madrugada. São cinzas de um beijo que ardeu Desejo que a pele despiu No afago da saudade. Ausências que levo em desconforto Despede-te do meu corpo Injecta-me a liberdade.

Ao meu querido Pai

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Desafio o tempo a me dar tempo para partilhar contigo. O tempo que a mero merecimento se torna escasso, na partilha desmedida do abraço com que em gratidão te agradeço a vida. A reviravolta das lembranças que me arrancas a cada novo trejeito que o teu rosto ganha ao ser esculpido pelo tempo. O perfeito traço que se desenha em ruga sobre o rosto, quando ao tempo a idade já não perdoa. A trama de um silêncio que conheço de cor, quando na vertigem do cansaço, se aninha sem espaço, as memórias que em afecto se tecem no coração, num amor devocional e gratuito, de quem correu mundo para que o nosso mundo fosse melhor. Quem por intempéries e lágrimas escondidas nos fez ganhar vida e ser alguém. Não há amor maior, para o qual não se consegue medir o valor, nem a doação por inteiro, de alguém que se fez esteio e na partilha nos deu um chão, um tecto, uma mesa e um lar. Não há gratidão que se meça ao sentimento. Não há dedicação que chegue, a quem se despiu de si, para vestir os filhos. A quem a

Caminho

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Com o tempo aprendi a amordaçar a dor e a calar a mágoa que impele a ira nas palavras. Sou brisa de um vento ameno que se esconde em convulsões nervosas. Trago comigo tempestades invernosas e devaneios só meus. Adormeço entre os abraços das palavras que me desarmam na meiguice terna de um sincero olhar. Vento e mar. O calor do sol na pele à tonalidade salgada dos afectos. Sou a perpendicular em caminhos paralelos. A vertigem da promessa entre segredos. O suor de uma batalha interior que nos espicaça a alma. A impaciência precoce da calma. Talvez os pés sejam apenas parte da história de um caminho, que entre os silêncios do tempo, tinha de ser cumprido...

Voa...

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Voa... Por entre os telhados partidos desta alma onde encontraste saída. O voo raso que em medo ao desassossego então se fez despedida. Não há ilusões prescritas à lucidez que me acompanha, serei sempre o vento e a chama, da tua guarida. A contradição que ao coração abre a ferida, a lágrima ao sangue, o suor em desejo frio, a dor face ao amor rumo ao vazio. O fosso do tempo na lágrima da saudade. Voa, deixa as correntes neste corpo que já não te prende e ruma à liberdade....

Doces penas

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Não recolhas as penas dos pedaços que partiste, guarda apenas os momentos em que sorriste, e as horas em que amaste. O tempo se encarrega de te dar um novo céu, onde novos  sonhos florescem entre o olhar teu e as lágrimas que derramaste.

Amor sem preconceitos

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Talvez eu tenha tempo de pendurar na lua os retratos que de ti trago no peito. A sombra de uma luz difusa que nos contornos da pele nua balança intrusa nos poros. A neblina, de uma catarata escondida, em queda frenética sobre os olhos. E a alma nas memórias entretida, a gota ténue da vida, o amor sem qualquer  preconceito.

Noites sós...

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É o eco do silêncio compassado ao esquecimento de tanto que fomos, e agora roubamos aos sonhos, tantas noites sós. O coração sem sobressaltos aos espaços, que na ausência dos abraços, se despiram de nós. Ficam os passos na estrada e a magia que em nada,  se transformou. 

Temporalidades

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Aceitamos do outro o passado, porque vem de uma temporalidade que não é nossa. Coexiste num espaço que inevitavelmente nos pertence, sem nos pertencer. E nesse espaço depositamos o enredo dos dramas reais que nos abanam a ilusão, e nos acordam para o quanto caminhámos sem chão, na esperança de suster o insustentável. Talvez seja hora de abandonar o caminho, regressa à boca a náusea do vazio no peito, a solidão por defeito, nos trilhos que me devolvem à raiz do nada, dos passos que se apagam no pó da estrada.

Resquícios sonolentos

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Talvez valha o silêncio de tantas noites, que em hipotermia poética, te amei nas palavras que me costuravam o peito, em debandadas de pássaros famintos de uma tórrida paixão. Talvez fossem apenas resquícios sonolentos de um prazer mundano a escorrer na pele, o desejo subcutâneo, em trémulas carências que se despem ao desengano de tudo quanto é profano e nos reduz a sanidade mental. Talvez tudo não passe de um equívoco estranho, o amor, tecido a pano, num abraço suspenso sobre a marginal.

Tristeza

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Não me grites...

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Não grites...não me acordes o coração do silêncio em que repousa, se não é para te amar porque me gritas? Porque insiste a tua cobardia em roubar-me o meu sossego? Não tens olhos que vejam mais do que o teu próprio umbigo....Não há amor que resista à arrogância do medo...porque sou mais feliz só... do que contigo....

Jardim secreto

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Chegaste como um todo sem qualquer à parte. Na volúpia que derrete os sentidos. O encaixe dos corpos diluídos, a subtil arte. Como quem molda o coração fora do peito, nas pétalas de uma singela flor, num jardim secreto, onde vivemos um dentro do outro, amor.

Beijo deposto entre nossas bocas

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Despe-me da pele os contornos, que a luz dos teus olhos, reflete em mim. Descreve-me em suave poesia tamborilado na seiva ardente de ti. Somos noite e dia. Céu e chão. Coragem e cobardia. E nas vertigens da vontade que debroamos a medo, nascem asas que me enfeitam o peito, num malabarismo perfeito, de tantas noites loucas. E nas entrelinhas, de histórias só nossas, esconde-se o beijo, e m silencioso desejo, deposto entre as nossas bocas.

Devaneio...

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Tenho sonhos...Tenho chão e tenho vento. E sou canção, composição em sentimento. A pulsação que se insinua ao firmamento. O céu na mão...As estrelas no coração...E a alma em plena libertação, o encantamento. E ninguém, mais do que a mim, me tem, só eu...

Apoteoses do estrelato

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Fartei-me do efeito da lua nas marés Quero o solo firme da terra sob os pés E que se danem as apoteoses do estrelato. Quero a adrenalina da língua viperina Na loucura do coração, a batida Da pele despida no número exacto.

Pirilampos na pele

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Trago pirilampos incrustados nos poros da pele, à ausência do teu brilho sobre os parapeitos da minha alma. E nunca as sombras foram tão negras como agora, no peso do silêncio que a tua boca devora, na fragilidade do meu peito, o sentimento a toque incerto, melodia que não me acalma....

Voz da Liberdade

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Não me leves os cravos que Abril deixou. O florir da liberdade como uma quimera. A alma que o povo libertou entre armas de uma falsa guerra. A fome que de sangue manchou o pão. A palavra que a foice castra, há pátria sem coração, restou apenas um pequeno voo de asa. Não partes por ver partir, o sol que na timidez do mundo se enrola, jaz o moribundo, pássaro, na gaiola. Mas entre as pedras ressoa aflito, o desmentir atento de uma inverdade, no pulsar do peito um último grito, a voz pujante da liberdade.

À deriva

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Sinto-me barco de um vazio convés. Trôpego entre a fúria das marés. Que na pele dos dias se arrastam em tons de céu. Amei-te entre ciumentos vendavais, a calma que me afogou junto ao cais, entre as asas de ĺcaro e as correntes de Prometeu.

Velha estrada

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Caiu entre nós uma cortina pesada... já não te sinto com a mesma intensidade, nem te vejo com a transparência que no teu olhar se denuncia... Foram longos os passos que nos juntaram, entre acasos assinados pelo destino, e a fugacidade em que hoje me encontro. O tempo levou-me rumo ao nada, abriu-se em mim uma velha  estrada, entre nós, a ténue linha do desencontro....

Asas no peito

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Se eu te amar nos aconchegos da alma, haverá nos silêncios mais moções de ternura, que a leve sensatez inunda, ao se tornar brisa nos teus contornos. E no abrir de asas no peito, no voo perfeito, sem revés, haverá mais alquimias e sonhos e no deslumbrar dos olhos, a imagem do teu rosto vez após vez....

Tragos de esquecimento

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Tenho escrito a nossa história nas páginas de um velho caderno. Talvez o tempo seja apenas um mero engano, mas sei que te amo, amor. Mas e se um dia a memória nos atraiçoar? Se o sentimento for camuflado no peito, num segredo incapaz de gritar? Se não me recordar dos traços, dos abraços, do teu rosto que memorizei ao toque, ou do beijo que o desejo despertou em mim? Se eu me esquecer do encaixe perfeito do meu corpo sobre o teu? Se tu te transformares em névoas de uma estranha tempestade em mim? Peço-te que me ames a cada dia devagar. Como se eu fosse barco à deriva e tu o Porto onde atracar. Talvez em desassossego, o meu peito mesmo a medo, te guarde amor, até ao fim.

Alma de criança ... noite encantada

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Chuva de Estrelas Na tua Cama A noite te embala Vem vestir o pijama Há um mundo novo Para descobrir Envolto em sonho Que te faz sorrir. Entre sonhos, magia Adormeces anjo meu És a minha fantasia Meu pedaço de céu Se eu pudesse adoçar O teu sonho que fosse´ A neve de Açúcar Nuvens de algodão-doce Carrossel de sonhos Na palma da mão Palhaços risonhos Soldadinhos de cartão Princesas, duendes Na tua janela A fada dos dentes Deixando a moeda. Sono profundo Que o dia desperta Acreditar que o mundo É todo de faz-de-conta A história encantada É aquela que sai Do colo da mãe Do mimo do Pai.

Galope de tempo

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Talvez seja o galope apressado De uma estrada que já não nos conduz. A liberdade de um passado Em silhuetas de sombra e de luz. E o sangue que jorra escarlate A alma em suave disfarce O tempo que se esgota na pele. Aquece o medo o desejo injectado O veneno queimando de agrado A língua de vento e de fel.

Raízes...

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Trazia nos cabelos a rebentação das ondas na terra primitiva. O cheiro do corpo suado, entre saudades que o despiam de si. Sabia que a alma podia arrastar como correntes, o peso dos dois amantes que o tempo tinha engolido. Despia-se ao sol-posto, a carícia quente no rosto, e nos pés os sonhos do caminho...

Noite

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Entre as cortinas escuras O raio geométrico das lonjuras Destino traçado no céu. O plano hemisfério das saudades Um barco entre tempestades Duas margens, tu e eu... Caí a noite em cruas ânsias Num bailado de distâncias. Lua que beija o mar. Balanço temperado em silêncio O prazer de um fogo imenso, Que nos ensinou amar.

Frágeis peregrinos

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Livres, de rumos antigos, Fazem-se aos caminhos Que o sonho teceu.... Abandonam ninhos Frágeis peregrinos Em tão vasto céu... Descobrem-se destinos Em mágicos pergaminhos Em louca saudade.... E as asas no meu peito Vão abrindo em jeito O rumo à liberdade....

Sombra tatuada na tela nua

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Ronda-me um sol, como um farol na alma Ao reflexo, de um sentimento convexo, que me agasalha... Sou a sombra tatuada na tela nua O toque do pincel na tinta crua Entre golfadas de um sonho que se atrasa. Sou correnteza de uma beleza gasta... Que se agita pelos bosques destas cidades Alma sem tempo em frágeis liberdades....

Seda e mel

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Trago a alma enfeitada de penas De azul anil serenas, Entre saudades tuas... Gravitas entre baías e portos A fusão perfeita de dois corpos Em órbitas de luas.... Manto de estrelas afagando o mar Sobre a nua pele, Seda e mel.... Um porto seguro onde atracar...

Caprichos teus

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Cosi a alma a cristais Fui de enfeite e pouco mais Em caprichos teus... Tatuei noites na pele Fiz do corpo passerele Devaneios meus... Entre estrelas nasce o pó Tu multidão e eu tão só Na corda bamba. Foste ode infernal Porta estandarte em carnaval Sem escola de samba.

Beijo pendurado nos lábios

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Lua fingida atracada no porto, nuvens de maresia, em promessa poesia, escrita no teu corpo. Abraçam-me ondas que te rebentam nos braços, nos olhares vincados em toques trocados, na loucura dos teus passos. Pontão de sonhos e ardis sábios, a saudade amanhecida entre a saliva, do último beijo pendurado nos lábios...