Voz da Liberdade

Não me leves os cravos que Abril deixou. O florir da liberdade como uma quimera. A alma que o povo libertou entre armas de uma falsa guerra. A fome que de sangue manchou o pão. A palavra que a foice castra, há pátria sem coração, restou apenas um pequeno voo de asa. Não partes por ver partir, o sol que na timidez do mundo se enrola, jaz o moribundo, pássaro, na gaiola. Mas entre as pedras ressoa aflito, o desmentir atento de uma inverdade, no pulsar do peito um último grito, a voz pujante da liberdade.

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