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A mostrar mensagens de fevereiro, 2018

Campos de morte...

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Caem anjos em terrenas guerras Colhidos no colo entre fogo e lama, sepultados em lágrimas entre o pó da terra No golpe que a morte em sussurros brama... O nascer cadáver numa pátria sem sorte Ao cunho de uma sina, por si, genocida Num país que chacina o futuro da vida E apregoa os passos da morte....

Amor perfeito

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O teu desejo é como chuva Que escorre atrevida sobre a minha pele, Em retoques imprecisos Como tela acariciada a pincel. Plantas-me nos poros, Em rosas sem espinhos, a saudade E não há Amor mais perfeito, Talhado no nosso peito, Construído em liberdade.

Rio da saudade

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Somos duas margens paralelas e distantes, Do rio da saudade.... Não há pontes que nos unam, nem barcos à vela... É um rio inavegável, traiçoeiro em silêncios.... Não há voz que reclame Os insensatos sentimentos.... E se eu um dia partir, como nau à deriva, Recorda-me com o sorriso Com que te vi entrar na minha vida....

Reflexos

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Trago o teu silêncio a calcetar as pedras da minha rua... Um misto assaz de loucuras e ilusões O brilho que me concede a luz da lua Também desenha na sombra as minhas imperfeições...

Corvos na pele

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Trago corvos impressos na pele Entre sombras de sonhos ocultos O negro efémero de um vasto céu Luares que cruzam teu corpo no meu Numa multidão de vultos....

Happy valentine's Day my love...

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Presságio

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Incrustado no corpo um novo amanhecer, o presságio de um sonho que no real se tange, entre o sorriso que floresce a pele e os segredos tatuados na alma....

Eternidade

De todos os silêncios o que mais dói é o cansaço das palavras que ficaram por dizer. Escreve-se a lágrimas no rosto e o sabor do mosto no travo que nos calcorre a pele. Despistam-se os aconchegos, nos entraves mais serenos, das pedras que no fim fazem caminho. Onde se esconde a serenidade paralela do meu eu intercalado em mim? Não procuro os devaneios de outrora, a tenacidade de uma breve hora, o repouso tardio. Procuro os braços que na noite calada me envolve sem perguntas repensadas a horas mortas e o silêncio que ao fechar da porta, se instala em murmúrios nas nossas bocas. O relâmpago de um prazer acomodado e livre, que entre corpos amanhece o caminho da eternidade.

Desmedido prazer

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Eram devaneios de uma vida suspensa entre os teus dedos... O murmúrio fácil de um desejo que se despe na ternura  impressa sobre a pele a derreter...A saliva borbulhando entre bocas... A perfeição escarlate de tantas noites loucas...dois corpos embebidos num afago desmedido de prazer....

Clandestino

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Resta-me a penumbra dos afectos...em meios trejeitos de ausências tuas. Não me restam sonhos ou fruições de encantamento. Guardo apenas a alma distante de qualquer pensamento ancorada em devoções no teu peito clandestino....