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A mostrar mensagens de março, 2018

Caiem noites entre a nossa pele

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Desenhas-me a face nos contornos do desejo. Caiem noites entre a nossa pele, na vontade alada de um saudoso beijo. Somos chão em brasa de uma doce combustão...A língua em arrepio sobre a pele suave...A alma síncopada ao coração, no corpo que arde ... Somos mar sôfrego rasgado pelo vento, que sobre os telhados do mundo, roubou as asas ao tempo..

Encantamento, no fascínio de ti...

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Contigo, virou-se a vida do avesso E nesse lado reverso Vi o direito de mim... Abracei luares nos teus olhos E na magia de que são feitos os sonhos, Fui encantamento, no fascínio de ti....

Brisa de poesia na alma

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Queima a tua ausência entre as dobras dos lençóis Entre a pele e o desejo A boca que beijo a beijo Sorvemos os dois.... Decalque de saudade no peito A respiraçao impressa a teu jeito Ora acelera, ora acalma Entre corpos se inflama Amor, Eterna chama Brisa de poesia na alma....

Diluo-me em ti...

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Diluo-me em ti, Em todas as gotas de suor que foram arrancadas em dormência ao corpo. Em todos os invernos que se apregoam nos beirais de um telhado outonal que não tem horizontes de fim... Diluo-me em ti Em todas as primaveras adiadas pelo choro das nuvens, que se despem em rios de impaciência sobre a pele. Abraça-me cada poro à nudez intemporal de um vento, que em sentimento, se expande, em todas as palavras que o silêncio resgatou de mim...

Ao meu querido Pai

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De safio o tempo a me dar tempo para partilhar contigo. O tempo que a mero merecimento se torna escasso, na partilha desmedida do abraço com que em gratidão te agradeço a vida. A reviravolta das lembranças que me arrancas a cada novo trejeito que o teu rosto ganha ao ser esculpido pelo tempo. O perfeito traço que se desenha em ruga sobre o rosto, quando ao tempo a idade já não perdoa. A trama de um silêncio que conheço de cor, quando na vertigem do cansaço, se aninha sem espaço, as memórias que em afecto se tecem no coração, num amor devocional e gratuito, de quem correu mundo para que o nosso mundo fosse melhor. Quem por intempéries e lágrimas escondidas nos fez ganhar vida e ser alguém. Não há amor maior, para o qual não se consegue medir o valor, nem a doação por inteiro, de alguém que se fez esteio e na partilha nos deu um chão, um tecto, uma mesa e um lar. Não há gratidão que se meça ao sentimento. Não há dedicação que chegue, a quem se despiu de si, para vestir os filhos. A quem

Lágrimas

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Lágrimas de uma despedida que não volta, o grito da saudade em revolta a amputação da mão que acaricia o corpo.... no desejo reprimido, quase morto. Alma agrilhoada que se solta

Culto da morte

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Culto de uma morte covarde que não se anuncia. O frémito louco de uma aleatória ceifa humana.. A cegueira que se impõe frenética, homicida Em seres inocentes que sangram no seio da terra...

Devora-me o coraçao

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Despe-me a pele com a ponta dos dedos, na soberba hipnose dos meus medos, na suavidade da tua saliva inundando-me os poros...Beija-me entre os olhos e deixa escorrer sobre a face as gotas do desejo, que me devora nessa ilusão, e entre o prazer e o desejo a boca que amordaçou o beijo, devora-me o coração.

A loucura de te amar...

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Submersa nos poros do teu corpo num prazer de alarve conforto Que me faz faltar o ar... tatuo na pele o desejo a avidez do teu beijo a loucura de te amar.

Corvos a debicar o corpo

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Mar revolto em dor, cristal alma torneada em fogo na ténue cadência entre o bem e o mal... Lágrima que despe o rosto ao corte da pele sangue sabendo a mosto Língua em disléxia cruel... jaz vil destino sombrio já morto Na linha ténue da vida Em carne apodrecida De corvos bicando-me o corpo.

Velhice

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Já não sei escrever palavras com os fios dos teus cabelos, porque o tempo que se instala entre as rugas desta mão, num refúgio de paixão, me faz tremelicar os dedos....

Náusea

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Trago pormenores entre os poros Do silêncio de ti, A náusea de uma ausência Que se desfia como tecido rasgado ao vento Sinto na penumbra deste chão lamacento A dor no anúncio de um fim. Não sei se a tua alma me largou o corpo Ou se fui eu que em desconforto A afastei de mim...

Perfeita colisão

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Somos o toque e a pele A face e o reverso A luz e a sombra De um ponto convexo... Somos mesmo distantes Cúmplices e amantes Alma e coração... Somos tão profundos Como a rota de dois mundos Em perfeita colisão.....

Asas

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São bocejos serenos, os toques amenos, do calor do desejo na pele; a solidão que se afasta ao mergulho,  de um silêncio quase absurdo,  dos ecos das tuas asas no céu...

O amor é um samba de diferentes carnavais...

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O amor é um samba de diferentes carnavais... São Alegorias da minha alma que como vitrais rebrilham em júbilo na tua luz, uma ternura que apenas o amor alcança, um extase soberbo que apenas o amor produz.