Caminho
Com o tempo aprendi a amordaçar a dor e a calar a mágoa que impele a ira nas palavras. Sou brisa de um vento ameno que se esconde em convulsões nervosas. Trago comigo tempestades invernosas e devaneios só meus. Adormeço entre os abraços das palavras que me desarmam na meiguice terna de um sincero olhar. Vento e mar. O calor do sol na pele à tonalidade salgada dos afectos. Sou a perpendicular em caminhos paralelos. A vertigem da promessa entre segredos. O suor de uma batalha interior que nos espicaça a alma. A impaciência precoce da calma. Talvez os pés sejam apenas parte da história de um caminho, que entre os silêncios do tempo, tinha de ser cumprido...
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