Tragos de esquecimento

Tenho escrito a nossa história nas páginas de um velho caderno. Talvez o tempo seja apenas um mero engano, mas sei que te amo, amor. Mas e se um dia a memória nos atraiçoar? Se o sentimento for camuflado no peito, num segredo incapaz de gritar? Se não me recordar dos traços, dos abraços, do teu rosto que memorizei ao toque, ou do beijo que o desejo despertou em mim? Se eu me esquecer do encaixe perfeito do meu corpo sobre o teu? Se tu te transformares em névoas de uma estranha tempestade em mim? Peço-te que me ames a cada dia devagar. Como se eu fosse barco à deriva e tu o Porto onde atracar. Talvez em desassossego, o meu peito mesmo a medo, te guarde amor, até ao fim.

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