Agasalho de mil poentes


 Fiz de mim agasalho de mil poentes

Saudades sussurradas entre dentes

Ao toque da pele que adormece sozinha...

E sob as névoas de uma velha memória

Reside a épica e derradeira história

De um corpo que em solidão se definha...

Talvez haja o resguardo dos afectos

O prólogo amaldiçoado sob os tectos

De uma cidade envolta em neblina....

Talvez a dor se cale ao desassossego

A fúria altiva do meu próprio ego 

De uma vá loucura que é somente minha....

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