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Serena dor...

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Serena dor! Minha companheira de eternos vendavais, de invernias internas, de desilusões abissais... perdi a conta às noites, em que aprendi a saber de cor o afago dos teus dedos a tamborilar na pele, quando o véu das insónias me empurra contra o negro infinito. E não sei mais quantas noites vou debruçar-me no teu regaço em almofadas de lágrimas e cansaços e ausências minhas. Sou feita de tantos trapos, de tantos enganos, de tantos pedaços... E cansei-me de ser o que sempre por genuinidade fui... Cansei-me de lutar contra a corrente, quando o sal das lágrimas me inunda o peito e me corrói a alma à mercê de julgamentos que não me preenchem. Aceito melhor a solidão do que a companhia interesseira que me suga a luz que ainda me resta no olhar, entre as raízes e o esvoaçar das asas, que reprimi, na incapacidade da ausência. Será que valeu a pena anular-me, entregue aos desassossegos constantes, às preocupações alheias, quando me sinto na transparência do vidro... Enxergam através de mim co

Sou bem mais...

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Ausências de mim...

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Procurei no pó da estrada os teus traços  Na vertigem dos abraços Que o tempo despiu de mim... E nas dobras da pele escondem-se histórias  As derrotas e as vitórias  De um etéreo jardim... O coração não delega no tempo A memória ao desalento  De uma campa rasa, feita só de chão. São páginas sopradas ao vento No relógio do Esquecimento  Que sucumbiu à razão.

Suicídio...

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  Dentro de mim ausências e dores  De infinita solidão Contornos de palavras que não proferi Talvez o tempo seja essa imensa ilusão  De guardar tantos nadas dentro de mim... Trago a voz embargada de silêncio  E na mente vozes que me convidam  À loucura desmedida e abstracta  De abutres que a sanidade me debicam.... Ando nauseabunda em apática sinfonia Talvez siga esta chuva enlameada e fria Aos pés que se arrastam pela estrada... Ando em desencontros de alma sombria  As raízes presas à vulgar monotonia  De tanto que fui traduzido em nada.... (Em memória de tantos que partem sem conseguirem exorcizar as vozes que os condenam ao fim)...

Ao meu anjo 🖤

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Meu querido anjo, meu fiel amigo Foste entre agruras o meu doce abrigo O olhar atento a refazer-me o chão... Sabias de cor o meu ser em defeito E tu eras para mim o ser mais perfeito Que eu abrigava serena em meu coração... Partiste, e no rosto banhado a lágrimas Escrevo na escuridão destas páginas  Onde sou fantasma de tantas luas...  E num lamentar sangrento e  imperfeito Na negra dor plantada no meu peito, Só moram, em desalento, saudades tuas....

Ao meu Anjo...

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 Não subas os degraus da minha mente  Há nela escuridão e uma loucura decadente  De quem se abandona à dor depois do temporal....  Serena-te no meu peito, saudade ardente  Há no coração uma síncope diferente  O compasso fúnebre de uma ode triunfal.  E o silêncio intensifica a tua ausência  O grito preso entre a sobriedade e a demência  Que as lágrimas denunciam, sem cessar... Que a minha dor não te prenda aqui meu anjo Abre asas rumo ao merecido descanso Rumo à luz da salvação, que te fez libertar.

Meu Anjo...

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Perdoa-me a fraqueza da minha alma O afogar o rosto neste mar de dor... Mas tu foste em mim... o por do sol de uma tarde calma O expoente máximo de um tão terno amor... És a brisa que ao toque se fez abraço Tem teu nome o leme, meu timoneiro maior És como a chama do farol que se serena no cansaço Quando no regaço transporta a sua própria dor...  Sei que o teu silêncio o fez a eternidade Mas vives nas memórias que bordei em mim Soubeste na distância ser sempre presente  Mas meu coração hoje em ausências sente A dor da saudade, desde que te perdi....