Barro da verdade

Trago em mim tantos invernos a sós
Palavras que na garganta viram nós
No silêncio que me estrangula a saudade...
Sei de cor as lágrimas que inundam os poros
As incertezas de momentos irrisórios
De promessas vãs de uma eterna liberdade...
Mas há em mim o desafio dessa luta
Beber em tragos largos a amarga labuta
Desta vida envenenada em maldade...
Não me importa os olhares que me sugam
As cicatrizes que na pele me tatuam
Sou feita do barro da verdade..

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