Dependência

Doem-me no corpo as correntes
Os ferros da distância sobre a pele
O peso desta cruz sobre os ombros
Retalhando o corpo a cinzel.
Nos pés levo os grilhões da dependência
Nos pulsos as algemas do sistema
Na voz o grito preso sem sussurro
E na mente ferve o ópio da descrença.
Tenho medo até da própria sombra
Dos voos andarilhos das gaivotas
Dos velhos aninhando-se nas esquinas
Deste mundo que gira em contra-voltas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Ao meu Anjo...

Ao meu anjo 🖤