Vivemos, tantas vezes, à mercê de uma alheia sorte, e nem na morte, deixam terrenamente de nos condenar. Seremos sempre o produto inacabado de uma sociedade que nos corrompe, que nos molda e que nos destrói. Somos seres rotulados à nascença, como se nos tratássemos de uma doença que ninguém quer contrair. Rotulamos a raça, a sexualidade, a cultura, hierarquia, etc… tudo serve para nos tornarem diferentes ou não aceites. Tudo serve para nos usarem como carne para canhão. Para sermos a margem de um rio que nos banha a sangue. Não é a sexualidade, nem a cor da pele, nem a riqueza que define o ser humano. O que define o ser humano é o carácter. O carácter não se implanta, não se finge, tal como a humildade, é inato, vem de dentro e ou se possui ou nem adianta forjá-lo, porque a forma será imperfeita por natureza. Procuramos copiar culturas da descultura. Envergonhamo-nos do bem que podemos fazer e não fazemos. Talvez porque o ser humano tenha mais capacidade para se deixar tentar pelo