Horas... vãs.

já estão estanques as lágrimas da minha dor
o rufar estridente dos trovões no meu peito
a memória inacabada, o ser desfeito
entre as penumbras de um silêncio autor.

já se silenciaram as gárgulas sedentas
os guinchos empedernidos das gaivotas
a voz em retrocessos de contravoltas
as pedras das fachadas já cinzentas

voltou-se o tempo ao seu inverso
ao tempo só meu em gerência casta
à infâmia de um ponteiro imperfeito

voltou-se o poema à rima sem verso
à involuntária morte parcialmente gasta
deitada em saudades no meu peito.

Comentários

Anónimo disse…
Olá menina: Gostei lindo poema, mas costume dizer que o poeta escreve tudo o que lhe vai na alma, nunca erra apenas escreve o que existe e o que não existe.
Um beijo
Santa Cruz
armando cardoso disse…
são mesmo vãs, mas a saudade não te faz feliz,acho que percebi. bj.

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