Fantasmas

Trago em mim sombras de palavras De poemas que não escrevi São fantasmas de outras eras Velhas sombras etéreas Que exorcizei de mim... Trago em mim os vultos de saudade Que no peito em silêncio suprimi... Mas já não guardo memórias Nem o sangue das histórias Nas lágrimas que à nefasta dor, reprimi.. Talvez guarde apenas o cansaço A ausência de um espinhoso cruel abraço Ensaguentado sobre a pele.... Talvez guarde o travo macerado do beijo De um vil e obsceno desejo Amargo como fel...