Horas... vãs.
já estão estanques as lágrimas da minha dor o rufar estridente dos trovões no meu peito a memória inacabada, o ser desfeito entre as penumbras de um silêncio autor. já se silenciaram as gárgulas sedentas os guinchos empedernidos das gaivotas a voz em retrocessos de contravoltas as pedras das fachadas já cinzentas voltou-se o tempo ao seu inverso ao tempo só meu em gerência casta à infâmia de um ponteiro imperfeito voltou-se o poema à rima sem verso à involuntária morte parcialmente gasta deitada em saudades no meu peito.