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A mostrar mensagens de setembro, 2008

Sombra

Estorvam-m nos dedos as palavras o gesto inqualificável do abandono o pórtico deserto que se abre numa face despida de sono. Agarro a chama incauta e serena O vulto esquecido pela solidão o póstumo vínculo enlouquecido pelos devaneios da tua mão. A voz adormecida da demência o silêncio deposto sem razão na face de uma gentil utopia Como um gesto em cadência gravado a ferros num coração de uma sombra vulgar de sombria.